O olho sensível: (est)éticas do visível e políticas de visibilidade

Autores

  • Rose Melo Rocha
  • Susan Liesenberg

DOI:

https://doi.org/10.30962/ec.1227

Palavras-chave:

Políticas de visibilidade. Ética do visível. Partilha do sensível. Alan Kurdi. Consumo midiático.

Resumo

Analisando o circuito de midiatização e energização que gravitou em torno do consumo da imagem de Alan Kurdi, criança síria morta em 2015 durante tentativa frustrada de imigração, problematiza-se a “partilha do sensível” e as implicações éticas deste tipo de visibilidade. Tomando a crítica do visível como método de indagação, defende-se que é paradoxal e ambivalente o resultado deste tipo de exposição midiática. O consumo e profanação da imagem da vítima, em que pese seu inegável potencial de denúncia, pode também contribuir para um ciclo de sensibilização midiático que imobiliza seus receptores, a eles oferecendo “pílulas de indignação”. Concluímos, ainda, com uma pergunta: a dimensão pedagógica do consumo de imagens não poderia implicar uma política da estética (e das sensibilidades) menos imediatista e individualista?

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Publicado

22-12-2015

Como Citar

Melo Rocha, R., & Liesenberg, S. (2015). O olho sensível: (est)éticas do visível e políticas de visibilidade. E-Compós, 18(3). https://doi.org/10.30962/ec.1227

Edição

Seção

Dossiê Temático