Sujeito e demiurgia no gesto fotográfico
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.626Palavras-chave:
Fotografia, Sujeito, Criatividade.Resumo
A partir de enunciados que dão pistas a propósito da criatividade e da subjetividade na produção teórica brasileira sobre fotografia, discute-se a noção de sujeito que aí se apresenta, confrontando-a com aquela derivada das teorias contemporâneas que sustentam o estilhaçamento da identidade. A conclusão de que o subjetivismo nega a criatividade por causa de seu binarismo leva-nos a buscar, junto a Heidegger e a Wunenburger, conceitos que possam viabilizar o equacionamento da ideia de um sujeito instável com a da criação. Reconhece-se um obstáculo antropológico – e não epistemológico − oferecido pela constante que redunda ora no pensamento esquizomorfo ora no pensamento gliscomórfico, consubstanciado simultaneamente na afirmação da soberania arrogante sobre e na integração alienada à (imagem) técnica. Conclui-se pela necessidade de uma saída bifurcada através da coincidentia oppositorum que faz de um terceiro elemento o ponto de sustentação e justificação do que inicialmente foi um binarismo, restituindo a demiurgia possível ao sujeito multiplicável.Downloads
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