Do passado ao presente, do preto e branco à cor
restituições da memória de Auschwitz
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.1925Palavras-chave:
fotografia, memória, temporalidades, colorização, HolocaustoResumo
Este artigo observa a construção da potência mnemônica em Faces of Auschwitz, projeto da colorista Marina Amaral que resgata retratos de identificação feitos no campo de extermínio nazista e os põe em cores. O trabalho é apreendido pelo modo como reordena e subverte o propósito das imagens originais, levando-as da tentativa de assujeitamento à capacidade de comemoração e de restituição da memória das vítimas do Holocausto, assentada nos vestígios de humanidade e de dor. O registro da jovem Czesława Kwoka, produzido pelo então prisioneiro Wilhelm Brasse e colorizados por Amaral, além de outros retratos, são tomados como ponto de partida para as discussões aqui propostas.
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