Lives de pichadores no YouTube e as disputas pelas memórias da cidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30962/ecomps.3115

Palavras-chave:

Temporalidades, Pichadores, Memórias

Resumo

Este texto analisa lives organizadas por pichadores no Youtube. Nossa hipótese é que essas transmissões midiáticas disputam memórias sobre a cidade. O trabalho orienta-se pela Semiótica da Cultura para compreender a memória como possibilidade de emergência de novas significações. Soma-se a esse eixo teórico a noção de memória minoritária e perspectivas críticas da historicidade. Os relatos, pelas teorias da diferença, possibilitam uma leitura plural do tempo a partir dos signos redescobertos. Como resultado, as experiências periféricas da pichação no espaço urbano tensionam as grandes narrativas citadinas, ao denunciarem violências e desigualdades históricas.

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Biografia do Autor

Nilton Faria de Carvalho, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil

Pós-doutorando na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Mestre em Comunicação pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e graduado em Jornalismo pela mesma instituição.

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Publicado

22-03-2025

Como Citar

Faria de Carvalho, N. (2025). Lives de pichadores no YouTube e as disputas pelas memórias da cidade. E-Compós. https://doi.org/10.30962/ecomps.3115

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