O jornalismo em sua dimensão relacional

compreensões a partir da escritura

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.30962/ecomps.2942

Mots-clés :

Jornalismo, Prática histórico-cultural, Narrativa, Pauta, Alteridade

Résumé

Este artigo reflete sobre o jornalismo enquanto prática histórico-cultural, cuja compreensão deve considerar questões geopolíticas e culturais, que tanto o atravessam como são por ele atravessadas. Esse movimento permite indagar acerca dos valores que movem o jornalismo contemporâneo. Nossa hipótese é a de que há, hoje, modos de fazer jornalismo que nos ajudam a ressignificá-lo à luz de um paradigma relacional. Ao analisar um conjunto de narrativas que acionam múltiplos protagonistas e territorialidades, propomos considerar narrativa e pauta como instâncias especulativas; instrumentos que, usados a favor da complexidade dos fatos, tornam possível o jornalismo que buscamos reconhecer.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Ana Cláudia Peres, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM-UFF). Jornalista do Programa Radis de Comunicação e Saúde (Fiocruz).

Fernando Resende, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

Doutor em Ciências da Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de São Paulo (USP). Professor do curso de Estudos de Mídia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Departamento de Mídia e Estudos Culturais da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM-UFF). Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Reges Schwaab, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Doutor em Comunicação e Informação pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Departamento de Ciências da Comunicação (Campus Frederico Westphalen) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (POSCOM-UFSM).

Références

APPADURAI, A. Modernity at large – cultural dimensions of globalization. Minneapolis: Universid of Minnesota Press, 2003.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 3. ed. são Paulo: Hucitec, 1996.

BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

D’ANDRÉA, C. F. B. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. EDUFBA, 2020.

D’ANDRÉA, C. F. B. Rumo a uma plataformização do social. Letras, ano XII, n. 53, jul. 2017.

FRANCA, V. Comunicação, Sociabilidade e Cotidiano: o fio de Ariadne, a palavra da rua. In: NETO, A. F.: PINTO, M. J. (orgs.). O indivíduo e as mídias. Rio de Janeiro: Diadorim, 1996, p. 103-111.

FRANÇA, V. Impessoalidade da experiência e agenciamento dos sujeitos. In: LEAL, B. S; GUIMARÃES, C. & MENDONÇA, C. (orgs.). Entre o sensível e o comunicacional. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, p. 39-54.

FROSH, P. Telling presences: witnessing, mass media,and the imagined lives of strangers. In FROSH, P. & PINCHEVSKI, A. (orgs.). Media witnessing. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2009, p. 49-72.

HAESBAERT, R. Território e descolonialidade: sobre o giro (multi)territorial/de(s)colonial na “América Latina”. Buenos Aires: CLACSO; Niterói: Programa de Pós-Graduação em Geografía; UFF, 2021.

HAESBAERT, R. Território. GEOgraphia, v. 25, n.55, 2023. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/61073. Acesso em: 29 jan. 2024.

HALL, S. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

LATOUR, B. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

MARCOS, M. L. Princípio da relação e paradigma comunicacional. Lisboa, Colibri, 2007.

MEDINA, C. Atravessagem. São Paulo: Summus, 2014.

MEDINA, C. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 2008.

MORAES, F. A pauta é uma arma de combate: subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Porto Alegre: Arquipélago, 2022.

PEREIRA JR, L. C. A apuração da notícia: métodos de investigação na imprensa. Petrópolis, Vozes, 2010.

PERES, A. C. O que resta dos fatos: testemunho e guinada afetiva no jornalismo. Tese (Doutorado em Comunicação). Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2017.

PERES, A. C; MAIA, Marta. Jornalismo de teor testemunhal: contribuições para um diálogo possível entre a pauta e a narrativa. Anais. 32º Encontro Anual da Compós. Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2023.

RESENDE, F. Falar para as massas, falar com o outro: valores e desafios do jornalismo. In. FRANÇA, V; CORREA, L. (orgs.). Mídia, instituições e valores. Belo Horizonte, Autêntica, 2012, p. 153-166.

RESENDE, F. O jornalismo e suas narrativas: as brechas do discurso e as possibilidades do encontro. Revista Galáxia, São Paulo, n. 18, p. 31-43, 2009.

RICOEUR, P. O único e o singular. São Paulo: UNESP, 2002.

RICOEUR, P. Tempo e narrativa. v. 1. Campinas: Papirus, 1994.

SCHWAAB, R. Reportagem e reconhecimento: a alteridade como projeto. Estudos de Jornalismo e Mídia, v. 18, p. 9-21, 2021.

TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.

VAN DIJCK, J.; POELL, T.; DE WAAL, M.. The platform society: public values in a connective world. Oxford: Oxford University Press, 2018.

Téléchargements

Publié-e

03-04-2024

Comment citer

Peres, A. C., Resende, F., & Schwaab, R. (2024). O jornalismo em sua dimensão relacional: compreensões a partir da escritura. E-Compós. https://doi.org/10.30962/ecomps.2942

Numéro

Rubrique

Ahead of Print