Demarcar telas e reflorestarmentes
território e vida em ativismos indígenas
DOI :
https://doi.org/10.30962/ecomps.2996Mots-clés :
Ativismo indígena, Afeto, Território, Fluxos audiovisuais em redeRésumé
As relações entre território e vida, centrais em ativismos indígenas, são compreendidas através de fluxos audiovisuais em rede. Cartografamos, enquanto prática analítica de articulação, formas comunicativas de confronto político que constituem lutas indígenas em fluxos audiovisuais em rede nas mobilizações Levante Pela Terra, Luta Pela Vida e Marcha das Mulheres Indígenas. Destacamos as proposições de demarcar telas e reflorestarmentes como formas comunicativas em ativismos indígenas que articulam afetos em valores, significados, territorialidades e agendas políticas em experimentações e possibilidades de transformação de configurações hegemônicas da comunicação e do território.
Téléchargements
Références
ALONSO, Angela. Repertório, segundo Charles Tilly: história de um conceito. Sociologia & antropologia, v. 2, p. 21-41, 2012.
ANMIGA. Manifesto Reflorestarmentes: reflorestarmentes de sonhos, afetos, soma, solidariedade, ancestralidade, coletividade e história. Anmiga, 2021. Disponível em: https://anmiga.org/manifesto-reflorestarmentes. Acesso: out. de 2023.
APIB. Primavera Indígena: mobilização permanente pela vida e democracia APIB, 2021. Disponível em: https://apiboficial.org/luta-pela-vida/page/6/. Acesso: jun. de 2023.
BANIWA, Denilson. Mártires Indígenas: esqueceram que somos sementes. Revista Reticências, n. 5, p. 6-11, 2022.
CALDERÓN, Carlos; BARRANQUERO, Alejandro; TANCO, Eva. From Media to Buen Vivir: Latin American Approaches to Indigenous Communication. Communication Theory, v. 28, n. 2, p. 180-201, 2018.
CANAL BRASIL. Ailton Krenak explica o que é “Demarcar a Tela”. YouTube, 2022. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=KcXtLlctGEI. Acesso: jun. de 2023.
CRUZ, Felipe Sotto Maior. Letalidade branca: negacionismo, violência anti-indígena e as políticas de genocídio. 218 f., ill. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2022a.
______. Movimento indígena e o Tribunal Penal Internacional (TPI): genocídio e estratégias de litigância durante a gestão bolsonarista. In: ALARCON, D., MOURA PONTES, A., CRUZ, F., & SANTOS, R. (Eds.). A gente precisa lutar de todas as formas: povos indígenas e o enfrentamento da covid-19 no Brasil. Hucitec, 2022b.
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro; a origem do Mito da modernidade; conferências de Frankfurt. Vozes, 1993.
ESCOBAR, Arturo. Territories of difference: place, movements, life, redes. Duke University Press, 2008.
______. Thinking-feeling with the Earth: territorial struggles and the ontological dimension of the epistemologies of the south. Revista de Antropología Iberoamericana, v. 11, n. 1, p. 11-32, 2016.
FARIAS, Daniel. Fluxos ativistas e territórios: afetos e repertórios na configuração comunicacional de ativismos no Brasil. Artigo de qualificação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Salvador, 2023 [Não publicado].
FARIAS, Daniel; GOMES, Itania. Fluxos ativistas indígenas: instabilizando a hipótese da guerra cultural a partir de afetos, territorialidades e temporalidades no Brasil. Revista ECO-PÓS, Rio de Janeiro, v. 24, p. 277-308, 2021.
FERREIRA, Thiago. Transformações de políticas e afetos no Brasil: contextualizando radicalmente o acontecimento Junho de 2013 em fluxos audiovisuais. 2019. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas) — Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2019.
GILBERT, Jeremy. Common ground: Democracy and collectivity in an age of individualism. London, Pluto Press, 2014.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2001.
GOMES, Itania. Consciência afetiva, Modificações de Presença e Fluxo: comunicação e experiência nos Estudos Culturais. In: LEAL, B., MENDONÇA, C. (Org.). Teorias da comunicação e experiência: aproximações. Cachoeirinha : Fi, 2023.
GOMES, Itania Maria Mota et al. Figuras de historicidade como cartografia tátil: a questão da fronteira. Temporalidades e espacialidades nos processos comunicacionais. Belo Horizonte: PPGOM-UFMG, 2023.
GOMES, Itania; ANTUNES, Elton. Raymond Williams: estrutura de sentimento, tecnocultura e paisagens afetivas. Galáxia, 2019, p. 8-21.
GROSSBERG, Lawrence. Cultural Studies in the Future Tense. Durham, Duke Press, 2010.
______. Affect's Future: rediscovering the virtual in the actual. In: GREGG, M.& SEIGWORTH, G. J. (Eds.). The Affect Theory Reader, Durham, Duke Press, 2010a.
______. Under the Cover of Chaos: Trump and the battle for the American Right. London, Pluto Press, 2018.
HAESBAERT, Rogério. Viver no Limite: território e multi-territorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2014.
HALL, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras, 2015.
KRENAK, Ailton. Retomar a história, atualizar a memória, continuar a luta. In DORRICO, Julie; DANNER, Leno; CORREIA, Heloisa; Heloisa; DANNER, Fernando (Orgs.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2018.
MAKUXI, Jaider Esbell. Autodecolonização – uma pesquisa pessoal no além coletivo. Cadernos do Lepaarq, v. XIX, n.37, p. 17-25, 2022.
MARTÍN-BARBERO, Jésus. As formas mestiças da mídia. Entrevista a Mariluce Moura, Revista Pesquisa FAPESP, 2009, não paginado.
______. Diversidade em convergência. Revista Matrizes, v. 8, n, 2, 2014, p. 15- 33.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro, Bertrand Brssil, 2009.
MENDES GUILHERME, Andrielle Cristina Moura. Comunicadoras indígenas e a de(s)colonização das imagens. Tese (doutorado em estudos da mídia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
QUIJANO, Aníbal. Colonidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014.
TILLY, Charles. Regimes and repertoires. Chicago Press, Chicago and London, 2006.
WILLIAMS, Raymond. Televisão: tecnologia e forma cultural. São Paulo: Boitempo; Belo Horizonte: PUC Minas, 2016.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Daniel Oliveira de Farias, Itania Maria Mota Gomes 2025
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas de Modification 4.0 International.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.