Dinâmicas de publicização e mobilização social:
agentes implementadores no enfrentamento à exploração sexual
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.2157Palavras-chave:
Mobilização social, Burocracia de nível de rua, Exploração sexual infantojuvenilResumo
O presente texto apresenta uma discussão teórico-empírica sobre as dinâmicas de publicização e mobilização social engendradas por agentes implementadores no enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil na cidade de Itaobim, Minas Gerais. Para tanto, está ancorado nas teorias da burocracia de nível de rua (LIPSKY, 2010) e da mobilização social (HENRIQUES, 2017A, 2017B). Do ponto de vista empírico, analisa as ações de mobilização e publicização feitas pelos agentes em questão, através de pesquisas documentais, entrevistas em profundidade com os burocratas e outros atores, além de observações sistemáticas de situações de aparecimento público desses agentes.
Downloads
Referências
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho 1990. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 13 jul. 1990. Disponível em: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/818585 /lei-8069-90. Acesso em: 29 jun. 2015.
CAL, D. G. R. Entre o privado e o público: contextos comunicativos, deliberação e trabalho infantil doméstico. Dissertação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.
CALDEIRA, J. A. Condições de publicidade em processos de accountability: uma análise a partir da Comforça de Venda Nova. 2017. 124 f. Dissertação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.
CECRIA – Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes. Repensando os conceitos de violência, abuso e exploração sexual de crianças e de adolescentes. Brasília: 2000.
CEFAÏ, D. Como nos mobilizamos? A contribuição de uma abordagem pragmatista para a sociologia da ação coletiva. Tradução: Bruno Cardoso. Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v.2, n.4, 2009, p.11-48.
CEFAÏ, D. Públicos, problemas públicos, arenas públicas... o que nos ensina o pragmatismo (Parte 1). Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. Novos Estudos CEBRAP, n.107, março 2017, p.187-213
FASSIN, D. et. al. At the Heart of the State: the moral world of institutions. London: Pluto Press. 2015. 305p.
FERREIRA, V. R. S.; MEDEIROS, J. J. Fatores que moldam o comportamento dos burocratas de nível de rua no processo de implementação de políticas públicas. Cad. EBAPE. BR, v.14, n.3, Artigo 7, Rio de Janeiro, jul./set. 2016.
HENRIQUES, M. S. Comunicação e mobilização social na prática da polícia comunitária. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2010.
_________________. A comunicação e a condição pública dos processos de mobilização social. Revista Açãomidiática – Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura, Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, v.2. n.1, p.1-12, 2012.
_________________.. As organizações e a vida incerta dos públicos. In: MARQUES, A.; OLIVEIRA, I.; LIMA, F. (Orgs.). Comunicação Organizacional: vertentes conceituais e metodológicas, v. 2. Belo Horizonte: Selo PPGCOM, 2017a.
_________________. Dimensões dos públicos nos processos de comunicação pública: formas de conhecimento, ação e organização. In: SCROFERNEKER, Cleusa Maria Andrade; AMORIM, Lidiane Ramirez de (Orgs.) (Re) leituras contemporâneas sobre comunicação organizacional e relações públicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2017b.
HUPE, P.; HILL, M. Street-level bureaucracy and public accountability. Public Administraton, v. 85, n. 2, p. 279-299, 2007
KUSCHNIR, K. O cotidiano da política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
LIPSKY, M. Street-level bureaucracy. Dilemmas of the individual in public service. 30th anniversary expanded editon. New York: Russell Sage Foundaton, 2010. 275 p.
LOTTA, G. S. Implementação de políticas públicas: o impacto dos fatores relacionais e organizacionais sobre a atuação dos Burocratas de Nível de Rua no Programa Saúde da Família. 2010. 295f. Tese, Universidade de São Paulo, São Paulo.
MAFRA, R. L. Mobilização social e comunicação: por uma perspectiva relacional. Belo Horizonte: Mediação, v.11, n.10, p.105-118, jan./jun. 2010.
MAYNARD-MOODY, S.; MUSHENO, M. Cops, teachers, counselors: stories from the front lines of public services. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2003. 221p.
PIMENTA, L.; HENRIQUES, M. S. O elefante na sala: dinâmicas do silêncio e obstáculos à efetivação da cidadania no problema da exploração sexual infantojuvenil. Revista Compolítica, v.9, n.3, p.39-61, 2019.
PIMENTA, L. Processos mobilizadores em contextos embaraçosos: a atuação dos agentes implementadores no enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil no Vale do Jequitinhonha. 2019. 295f. Tese, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.
WEBER, M. H. Nas redes de comunicação pública, as disputas possíveis de poder e visibilidade. In: WEBER, M. H.; COELHO, M. P.; LOCATELLI, C. (Orgs.). Comunicação pública e política: pesquisa e práticas. Florianópolis: Insular, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Laura Nayara Pimenta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.