Fotografia negra contemporânea e suas políticas de inscrição e insurgência no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30962/ecomps.3195Palavras-chave:
Fotografia Negra, Representação, Autoinscrição, Insurgência Visual, Cultura VisualResumo
O artigo investiga como a fotografia negra contemporânea brasileira atua como prática de autoinscrição e insurgência frente a um regime de representação racializado. A partir do mapeamento de artistas visuais realizado pelo projeto de pesquisa Olhos negros: visibilidades e alteridades na fotografia negra contemporânea brasileira, analisa-se as motivações estéticas e políticas que atravessam seus trabalhos e modos de visibilidade. O texto identifica práticas de produção simbólica que constroem resistências e reconfiguram narrativas visuais da negritude, apontando um panorama em torno de novos lugares de enunciação, das estratégias de afirmação identitária e de novos espaços de presença negra na cultura visual.
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