Representatividade no audiovisual
personagens LGBT+ na série 3%
DOI :
https://doi.org/10.30962/ec.2726Mots-clés :
Representatividade, Interseccionalidade, Personagens LGBT+, Série 3%Résumé
Este artigo tem como objetivo discutir a diversidade de personagens da série 3%, com vias a estender o debate para a diversidade no audiovisual brasileiro. Iniciamos com uma discussão sobre teorias de gênero, teoria queer e o viés analítico da interseccionalidade, tanto do ponto de vista sociocultural quanto pela perspectiva das relações de poder e subalternidade. Em seguida, apresentamos um panorama das personagens LGBT+ na série 3%, a fim de verificar a representação de personagens e suas interseccionalidades. Por fim, aprofundamos a análise da personagem Joana, única protagonista LGBT+ negra de uma série brasileira produzida pela Netflix até a realização desta pesquisa.
Téléchargements
Références
AMARAL, A. Cultura pop digital brasileira: em busca de rastros político-identitários em redes. Revista ECO-Pós, v. 19, n. 3, p. 68-89, 2016. Disponível em: <https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/5422/3996>. Acesso em: 21 jul. 2023.
ANZALDÚA, G. La conciencia de la mestiza: rumo a uma nova consciência. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 3, p. 704-719, set.-dez., 2005.
ASHLEY, P. A. (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
BENEDETTI, M. R. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
BORGES, G; REIA-BAPTISTA, V. (Orgs.). Discursos e práticas de qualidade na televisão. Lisboa: Livros Horizonte, 2008.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
CANCIO, T. O.; CHACEL, M. C. C. “Sim, elas são bissexuais”: representação de personagens bissexuais femininas nas telenovelas da Globo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. 45., João Pessoa, 2022. Anais... João Pessoa: UFPB, 2022. p. 1-27.
CARNEIRO, A. S. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
COLLINS, P. H. Intersectionality as Critical Social Theory. Durham; Londres: Duke University Press, 2019.
COMPARATO, D. Roteiro: arte e técnica de escrever para cinema e televisão. Rio de Janeiro: Nórdica, 1983.
CRENSHAW, K. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: a Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory, and Antiracist Politics. Chicago: University of Chicago Legal Forum, 1989.
______. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.
DERRIDA, J. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2002.
FERGUSON, R. Aberrations in Black: Towards a Queer of Color Critique. Mineápolis: University of Minnesota Press, 2003.
FERGUSON, S. Feminismos interseccional e da reprodução social: rumo a uma ontologia integrativa. Cadernos Cemarx, Campinas, n. 10, p. 13-38, 2018.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo: Graal, 2005.
GONZÁLEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização de Flavia Ríos e Márcia Lima. São Paulo: Zahar, 2020.
______. Por um feminismo afro-latino-americano. Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n. 1, p. 12-20, 2011.
GONZATTI, C. Por um jornalismo de cultura pop feminista: gênero e raça nas críticas sobre Pantera Negra. In: MENDES, F. M. M.; QUEIRÓS, F. A. T.; SILVA, W. C. (Orgs.). Pesquisa em comunicação: jornalismo, raça e gênero. Rio Branco: Nepan, 2021. p. 12-25.
GRIJÓ, W. O negro na telenovela brasileira: a atualidade das representações. Estudos em Comunicação, n. 11, p. 185-204, 2012.
KULICK, D. Travesti: prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.
LEMOS, L. et al. Ficção seriada e resistência. In: PRATA, N. et al. (Orgs.). Resistências compartilhadas: comunicação, liberdade e cidadania. São Paulo: Intercom, 2021. p. 345-372.
LEVEK, A. et al. A responsabilidade social e sua interface com o marketing social. Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 15-25, maio-ago. 2022.
LOPES, M. I. V. Telenovela como recurso comunicativo. MATRIZes, v. 3, n. 1, p. 21-47, 2011. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v3i1p21-47>. Acesso em: 21 jul. 2023.
LOURO, G. L. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001.
MACHADO, A.; VÉLEZ, M. L. Fim da televisão?. In: FECHINE, Y.; CARLÓN, M. (Orgs.). O fim da televisão. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014. p. 54-76.
MILLER, T. O agora e o futuro da televisão. In: FECHINE, Y.; CARLÓN, M. (Orgs.). O fim da televisão. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014. p. 77-95.
MOZDZENSKI, L. P. Outvertising – a publicidade fora do armário: retóricas do consumo LGBT e retóricas da publicidade lacração na contemporaneidade. 2019. 311 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
OROZCO, G. Televisão: causa e efeito de si mesma. In: FECHINE, Y.; CARLÓN, M. (Orgs.). O fim da televisão. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014. p. 96-113.
PAULINO, F. O. Responsabilidade social da mídia: análise conceitual e perspectivas de aplicação no Brasil, Portugal e Espanha. 2008. 348 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
PELÚCIO, L. Abjeção e desejo: uma etnografia travesti sobre o modelo preventivo de aids. São Paulo: Annablumne; FAPESP, 2009.
PENNER, T. A. Bandeiras Netflix: produção global e representações discursivas da diversidade LGBT+ nas séries brasileiras. 2021. 441 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.
______. A produção original da Netflix de 2013 a 2020: nacionalidades dos títulos e tendências. Interin, Curitiba, v. 28, n. 2, p. 9-35, jul.-dez. 2023.
PRECIADO, B. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 11-20, 2011.
PULLEN, C. LGBT Transnational Identity in the Media. Londres: Palgrave McMillan, 2012.
REA, C. A.; AMANCIO, I. M. S. Descolonizar a sexualidade: teoria queer of color e trânsitos para o Sul. Cadernos Pagu, Campinas, n. 53, p, 2018.
SCOLARI, C. A. This is The End: as intermináveis discussões sobre o fim da televisão. In: FECHINE, Y.; CARLÓN, M. (Orgs.). O fim da televisão. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014. p. 34-53.
SIMPSON, K. Travestis: entre a atração e a aversão. In: VENTURI, G.; BOKANY, V. (Orgs.). Diversidade sexual e homofobia no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2011. p. 109-117.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
ZEISLER, A. Feminism and Pop Culture: Seal Studies. Nova York: Basic Books, 2008.
% É A SÉRIE de língua não-inglesa mais assistida nos EUA. Hypeness, 20 mar. 2017. Disponível em: <https://www.hypeness.com.br/2017/03/3-e-a-serie-de-lingua-nao-inglesa-mais-assistida-nos-eua/>. Acesso em: 10 dez. 2022.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Tomaz Penner, Clarice Greco 2021
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas de Modification 4.0 International.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.