Há sempre uma imagem que falta:
o dispositivo mnemônico de Rithy Panh
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.2125Palavras-chave:
Cinema. Dispositivo de rememoração. Trauma. Testemunho. Rithy PanhResumo
Nesse artigo, tomamos o filme A imagem que falta (2013) como dispositivo mnemônico que permite ao cineasta, Rithy Panh, reconstruir sua experiência do genocídio cambojano, através das lembranças e da falta delas. Ao empenhar-se no testemunho de um tempo de terror vivido coletivamente, Panh coloca o passado em elaboração através das imagens – seja de arquivos ou dos bonecos filmados - e alcança ainda duas questões ligadas ao cinema: por um lado, a insuficiência do mesmo frente ao processo do trauma, e, por outro, sua potência política na reparação de um dano social. Entre as singularidades dessa potência está o modo com a infância lembrada no filme se revela como resistência.
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